sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Aposentado

Hoje, enquanto bebia cerveja num bar e jogava conversa fora com dois amigos, passou a pé e com passos rápidos, um senhor de aproximadamente 70 anos, cabelos e barba branca. A barba era comprida. A barriga era grande. No calor da conversa com os amigos eu logo fui dizendo - “Ho ho ho”.

Certamente aquele senhor me fez lembrar o papai Noel. Aquele bom velhinho, barrigudo, com cabelos e barba branca, com a voz doce e o colo aconchegante. Aquele que todo dia de Natal presenteia a família e simboliza a data festiva. Ou, pelo menos, por algum tempo, foi símbolo do Natal.

Lembro-me que quando eu era criança, nos reuníamos na sala da casa da minha avó, ficávamos em torno da árvore de natal, que se perdia entre tantos presentes. Meu avô sempre decorava a casa inteira. Até no banheiro havia enfeites de Natal. O presépio era ele mesmo quem construía. Luzes piscavam e alegravam a criançada.

Na hora da entrega dos presentes, chegava o Papai Noel. Seja lá quem estivesse com as vestimentas dele, era, com certeza, para todas as crianças, o Papai Noel de verdade. O tão esperado velhinho que entregaria os presentes.

Essas festas aconteceram no século passado, na década de 90,quando eu era criança. Hoje em dia, na minha família ainda há crianças, mas nenhuma delas espera pelo velhinho. Chega o dia de Natal e elas exigem dos pais o celular ou o videogame mais atual.

Bom mesmo foi viver no século passado... Embora, eu ainda espere todo ano pelo velhinho – que não chega mais.

2 comentários:

Zucco disse...

Na minha família nunca tivemos a visita do papai noel... mas sempre ia o coelho da páscoa colocar os ovos nos pés de figo da nona! Pena que isso me fez descobrir de forma trágica que o coelho não existia: eu e minha prima perseguimos o coelho e arrancamos o rabo dele ( e uma parte da roupa) e vimos que era só a minha tia =/

Nando Schweitzer disse...

ho ho ho

Nem entrevistamos ele!

:(